Google pode perder a relevância entre os sites de busca? Entenda como as redes sociais poderão desbancar o líder dos buscadores
Os sites de busca são ferramentas para se obter informações publicadas em páginas da internet. Com a premissa de fazer uma varredura na web e criar um banco de dados, a ideia dos buscadores on-line surgiu ainda nos anos 1990. Hoje, há quem diga não viver sem eles. Como era de se esperar, os sites de busca passaram e ainda passam por atualizações constantes, tornando-se mais rápidos e eficazes.
No entanto, a sociedade também explora novas maneiras de usar os recursos disponíveis em seu favor. Exemplo disso é a tendência de se usar as redes sociais como ferramenta de pesquisa, o que pode impactar tanto sites de busca quanto as empresas que os usam em suas estratégias de marketing digital. Neste artigo você compreende mais a fundo essa tendência insurgente.
O que são sites de busca?
Também podendo ser chamados de mecanismos de busca e sites de pesquisa, os sites de busca são plataformas on-line para encontrar informações publicadas na internet. O primeiro site de busca foi criado no início dos anos 1990, ainda nos primórdios da internet. Na época, eles tinham técnicas de rastreamento mais simples quando comparadas às atuais. Mesmo assim, de forma geral, funcionavam por meio do rastreamento e indexação de páginas da web em seus bancos de dados.
Essencialmente, a metodologia primária dos mecanismos de busca não difere das ferramentas que usamos hoje. Em resumo, eles funcionam da seguinte maneira: primeiro realizam uma varredura em toda a internet, seguido da indexação das páginas encontradas em um banco de dados. Então, ao se realizar uma pesquisa, o mecanismo apresenta as páginas por ele reconhecidas que tenham relação com a palavra-chave buscada.
Existe uma grande variedade de buscadores on-line que diferem entre si no que diz respeito à forma com a qual apresentam os resultados, ou seja, no algoritmo. Mas também podem ter funcionalidades diferentes em termos de privacidade dos usuários, tamanho do banco de dados, entre outros. Alguns dos exemplos mais marcantes são o Bing, Yahoo, e é claro, o Google.
Sites de busca e o monopólio do Google
Em se tratando de infoprodutos, sem dúvidas o Google é um dos maiores cases de sucesso mundial. No ano de 2020, sem grande relevância no mercado de produtos físicos, o Google liderou o pódio de marca mais influente entre os brasileiros, seguido do YouTube, que pertence ao mesmo Grupo, a Alphabet.
Mas o sucesso não se restringe apenas à marca. Isso porque, usuários e especialistas admitem a qualidade dos serviços prestados. Especialmente, o tamanho enorme de seu banco de dados, alinhados a funcionalidades agregadas como o Maps e Gmail. Tanta relevância explica o seu protagonismo: o Google é o buscador on-line mais usado em todo o mundo.
No Brasil, o Market Share do Google supera os impressionantes 98%, com cerca de 4,5 bilhões de visitas mensais. Assim, fica difícil para a concorrência brigar de igual para igual com o líder, restando menos de 2% do mercado, divididos por quatro principais empresas: Yahoo, com 0.5%, Bing com 0.39%, DuckDuckGo, 0.21%, e na lanterninha, Ask com 0.02%.
Novas gerações e as pesquisas em redes sociais
Em contrapartida, um movimento ainda incipiente pode adicionar novos atores neste embate. Trata-se da forma como as gerações mais jovens, como a Z (nascidos entre 1995 e 2010) e a alfa (nascidos entre 2011 e 2024) usam as redes sociais como ferramenta de pesquisa.
Não é surpresa a informação de que jovens adultos, adolescentes e até algumas crianças são usuários assíduos das redes sociais. Uma pesquisa recente apontou que cerca de 78% dessa população está em alguma dessas mídias.
A novidade é que eles têm explorado novas formas de usá-las, especialmente para realizar pesquisas. Segundo uma pesquisa da Capterra, plataforma de comparação de softwares empresariais, cerca de 37% dos Gen Z abandonaram os buscadores tradicionais (Google, Yahoo, Bing etc.) e passaram a usar, majoritariamente, as redes sociais para este fim.
De fato, o dado é interessante, mas não alarmante. Afinal, apenas 7% dos entrevistados alegaram optar exclusivamente pelas redes sociais para buscar informações na internet. No geral, os sites de busca ainda são os preferidos.
Tiktok pode se tornar um site de pesquisa?
Ligado na nova dinâmica do público, o TikTok – plataforma chinesa de vídeos – saiu na frente e em 2023 começou a otimizar sua ferramenta de pesquisas.
A ideia é usar o robusto algoritmo da rede social, para entregar aos usuários conteúdos verdadeiramente relevantes e focados ao interesse inicial. Tudo isso com um toque intimista e casual, próprio da plataforma. Por outro lado, vale ressaltar que o TikTok continua restrito ao formato em vídeo, sendo uma proposta de método de pesquisa totalmente diferente dos sites de busca tradicionais.
Esta ainda não é uma tendência para se preocupar. Entretanto, ela é mais um indício de que, na atualidade, as redes sociais exercem um papel multifuncional no cotidiano de milhões de pessoas, especialmente as mais jovens. Assim, deve-se manter essas informações no radar ao elaborar a estratégia de marketing das empresas e se questionar: como serão apresentadas nos resultados de pesquisas em sites de busca e nas redes sociais?
Mas a resposta para essa pergunta merece um artigo à parte. Enquanto isso, aproveite os outros conteúdos do blog da Beatz e se mantenha atualizado sobre as tendências e notícias que impactam o universo do marketing digital.